sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Uma gata chamada Skol

Fim de semana.

Eu e Gato saímos para, como sempre, dar uma passadinha etílica no Portuga.

No caminho, encontrei uma velha amiga.

Marília Skol, o nome dela.

Sobrenome sugestivo.

Sardas, cabelo cor de fogo, nem alta nem baixa, mediana.

Eu a havia conhecido numa noite na final de um concurso literário.

Ela era uma aspirante a poeta, também estava concorrendo com um livro.

Ganhou um terceiro lugar, pois em primeiro, nas duas categorias, nacional e catarinense, o vencedor foi um cara de nome esquisito, um tal de Baldur Lucas, com dois livros.

Um deles tinha um título mais estranho que seu nome: “Rato, uma história de amor”, já o outro era sobre um hotel mal-assombrado.

Alguns dias após minha saída eu recebi um telefonema.

Era ela.

Estava com uma amiga.

Nisiê.

Estavam de bobeira pelo centro, me convidaram prá sair, tomar um café.

Que nem café foi, foi cerveja mesmo.

E conheceu Gato.

Ficaram encantadas com ele, apesar de também estranharem o nome dele.

Aí me contou parte de sua vida, entre um gole e outro.

A Marília, pois a amiga nada falava só me olhava com cara de tarada.

Ou melhor, entre uma garrafa e outra.

Voltamos para minha casa, todos, inclusive Gato, meio bêbados.

Noite estranha esta que passou.

Ficou só olhando, de cima da janela, no parapeito, seu lugar predileto.

A ruivinha, Marília, já se acomodou no único sofá da casa.

Estava bem à vontade.

Tão à vontade que tirou a blusa, peitinhos de fora, sorriso sacana na cara.

A outra não perdeu tempo, a loira Nisiê.

Tirou não só a blusa, mas a calça também.

Olharam-me com cara de safadas, começando a se esfregar uma na outra.

Resolvi entrar na brincadeira.

Abaixei as calças, tirei a camisa e me joguei no sofá.

Ambas me agarraram.

Uma no meu pau, a outra me beijando, lambendo, chupando.

E assim foi a noite inteira, enquanto eu comia o rabo de uma, a outra beijava a colega, chupava seus peitos, lambia meu saco.

Depois trocávamos.

Se fosse a Marília a primeira a ser comida, depois era a vez da Nisiê.

Insaciáveis.

Taradas.

Deliciosas.

Amanheceu, e eu ainda não tinha dormido.

E nem queria, queria era mais sexo, muito mais.

A Marília foi a primeira a apagar.

Já a Nisiê essa era mesmo insaciável. Não parou, aliás, aproveitou que a amiga adormeceu e começou a me atacar.

Fui literalmente estuprado.

E adorei isso.

Dormi abraçado com as duas.

Horas depois, acordei com a Marília me chupando.

Nisiê dormia como um anjo ao meu lado.

E pronto.

Pau duro, a gata me sugando, começou tudo de novo.

E assim foi até o meio dia.

E Gato lá, na janela, só olhando aquela estranha movimentação.

Pairava no ar um cheiro de sexo selvagem.

Cada vez mais selvagem, pois a outra gata ao acordar e se deparar com a amiga me comendo, resolveu que também queria mais.

E a coisa continuou até umas quatro da tarde.

Após todos tomarem um banho caprichado, entremeado com mais sexo, desta vez aquático, resolvemos comer alguma coisa.

Pra variar, nada na despensa.

Chamei Gato.

Elas estranharam eu chamar meu cachorro de Gato.

No caminho do Portuga, contei-lhes a origem do nome do cachorro.

O qual, aliás, ia todo pimpão, saltitando e abanando o rabo.

Foi o primeiro a se aboletar na banqueta do boteco.

E o primeiro, também, a ser servido pelo desconfiado Portuga.

Desconfiado porque jamais me havia visto com garota alguma, muito menos com duas.

Mas nos atendeu com sua costumeira simpatia.

Após algumas cervejas, resolvemos comer algo, afinal, a noite fora bem agitada.

O Portuga se ofereceu para assar dois peixes.

Duas anchovas.

Aceitamos.

Enquanto esperávamos, mais cerveja goela adentro.

Curiosamente, parecia que Gato e o Portuga nos olhavam desconfiados e divertidos.

Estranho este meu cachorro.

Após a peixada, as duas foram embora, não sem antes prometerem que voltariam.

Mas quem voltou foi a Marília.

A ruiva.

Jamais havia tido um caso, namoro ou mesmo rolo com uma ruiva.

Sempre fora uma tara minha.

Finalmente, já podia dizer que não me faltava comer mulher nenhuma.

Já havia experimentado todas as cores e sabores.

E esta ruiva foi a campeã, a melhor de todas.

Em tudo, sob todos os aspectos.

Gostou de mim e de Gato.

Queria me conhecer melhor, disse que a noite havia sido ótima, mas que preferia eu sozinho, sem amigas.

Concordei.

Afinal, fazia tempo que ninguém mostrava interesse por mim.

Exceto Gato.

Conversamos muito, durante muito tempo.

Contei-lhe toda a história dos cartões, da charada e de como Gato apareceu em minha vida.

E ela cada vez mais fascinada, não se comigo, com Gato ou com minha história maluca.

Fomos novamente para minha casa.

Adormecemos juntos, novamente.

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